A responsabilidade da CGADB nos movimentos pentecostais distorcidos

Sou “acusado” desde sempre de ser muito crítico com a entidade máxima da Assembleia de Deus, igreja da qual faço parte e, como ministro, filiado à mesma. Reitero, pela enésima vez que nada tenho de pessoal contra o presidente ou quem quer que seja por lá. Porém, feliz ou infelizmente, a entidade assume responsabilidades em todo o território nacional, então não há como fazer esta análise sem envolvê-la.

Desta vez o foco vai para os vídeos que pululam nas redes sociais. Eles mostram movimentos mesclados claramente com rituais umbandistas e esotéricos em cultos. São exemplos como o desses vídeos abaixo (Se você já assistiu ou viu por aí, não perca tempo e pule para os comentários a seguir):

É uma cena lamentável. Mas o que a CGADB tem mesmo a ver com isso? Simples. Muitas destas igrejas (não necessariamente as dos vídeos) colocam em seus pórticos o caro nome assembleiano. Verdade que mudam os apostos: Assembleia de Deus da Última Hora, dos Verdadeiros Servos, da Santíssima Trindade, mas quem lê a placa a partir do termo Deus? Outra saída é colocar “Assembleia de Deus”, e então adicionar, em letras miúdas muitas vezes, Ministério X ou Y.

A Convenção é dona da marca. Isto é fato inquestionável. O que falta é fazer valer sua posse. Quem quiser fundar sua Igreja, que o faça segundo as leis do País e quem o queira seguir que o siga. Agora utilizar um nome radicado na mente brasileira com sua carga histórica, aí não dá. Ao menos pra mim. Fiz até uma crítica à época da eleição do atual presidente, dizendo que interessa a tais grupos que ele fosse reeleito, justamente porque se omite nestes quesitos.

Enquanto isso, nós pentecostais históricos, somos alvos de ridicularização e chacota.

Sobre o autor | Website

Meu nome é Daladier Lima dos Santos, nasci em 27/04/1970. Sou pastor assembleiano da AD Seara/PE. Profissionalmente, trabalho com Tecnologia da Informação, desde 1991. Sou casado com Eúde e tenho duas filhas, Ellen e Nicolly.

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10 Comentários

  1. LEANDRO DE LIMA BEZERRA disse:

    Muito conveniente e sensato. Parabéns pela coragem pastor querido.

  2. Eles estão “muito ocupados” para pensar nessas coisas!

  3. Querem ser supremos e não enxergam está algazarra. Estão cegos em suas vitalicidades.

  4. Aroldo José Pajaú disse:

    Sei o que passo por defender à Palavra de. Deus com afinco, sou chamado de antiquado, mas continuarei a ser um apologeta.

  5. Lucas martins da cunha disse:

    Falta de um gestor comprometido com o tamanho da marca ASSEMBLÉIA DE DEUS .Onde só ouvimos falar da CGADB Nas eleições.

  6. Wilson José da Silva disse:

    Parabéns pastor, será que CGADB e dona da marca?, AD.

  7. Daladier Lima disse:

    Sim. A Convenção do Paraná, salvo engano, há anos tem a marca patenteada e cedeu a patente para a CGADB.

  8. Otoniel Oliveira disse:

    Muito válida este artigo para dar voz aos que estão atentos a tamanha desordem dentro da organização centenária. Somos ridicularizados por causa de um número sempre crescente com objetivos claramente usados como manobra política para fins eleitoreiros. Parabéns pela observação deste modo errado de governo eclesiástico.

  9. Só para aclarar um ponto histórico: a patente pertencia à igreja do Rio Grande do Sul. Depois foi cedida à CGADB. Como, nesse ponto, não tenho domínio. Não sei se ela é perene ou se depende de renovação de tempos em tempos. É uma questão que deveria ser investigada, pois logo quando houve a transferência, muito se falou que medidas seriam tomadas contra igrejas que usam o nome, mas não pertencem à denominação. Depois o assunto morreu. Os motivos, não sei.

  10. Paulo Teixeira disse:

    Pr. Daladier, Pr. Geremias e demais irmãos. Em verdade de acordo com a Legislação de Propriedade Industrial pátria, a marca pode ser registrada mas não patenteada (patente é somente para invenções e modelos de utilidade). Os registros tem a validade de 10 anos, e podem ser prorrogados por mais três períodos de 5 anos (perfazendo um total caso requerido de 25 anos). Lembrando que estou falando enquanto marca. Caso efetivamente exista o registro da marca como os irmãos disseram então há de se analisar em qual prazo está (se já ultrapassou o prazo e não foi pedido prorrogação por exemplo). Todavia independente dos pormenores jurídicos realmente acho válido nós (Assembleanos) deixarmos claro que essas igrejas “hiperpentecostais” não guardam relação efetiva conosco.