Por que há tantos meninos espirituais na Igreja?

Por que após tantos anos muitos ainda são meninos espirituais na Igreja? O que pode ser feitos para que os tais meninos amadureçam? Vem comigo!

Prezados 200 leitores, lembro, agora, de ao menos duas passagens afeitas ao assunto: meninos espirituais. A primeira referência está em I Coríntios 13:11: Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino (1 Coríntios 13:11). E a segunda: Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino (Hebreus 5:12,13).

A primeira assertiva se dirige à igreja em Corinto. Era uma igreja recente, fundada numa cidade banhada por dois mares: o Egeu e o Jônico. Abrigava um porto movimentado e tinha grande importância econômica e intelectual. Sendo uma cidade cosmopolita atraiu a atenção de Paulo como ponto estratégico para a propagação do Evangelho. Porém, ali se desenvolveu uma igreja problemática e cheia de contradições.

Já a carta aos Hebreus é um tratado universal. Além de tudo que se diga, frisemos que são princípios para todos em todos os tempos. É para hoje e para ontem. Mas quem quer que tenha escrito (conjectura-se que tenha sido o próprio Paulo) estava admirado de tão pouca maturidade espiritual. Não é diferente hoje, mesmo numa centenária denominação.

O menino espiritual se caracteriza entre outras coisas por:

  1. Compreensão superficial das Escrituras Sagradas, buscando mensagens que agradem seu ego;
  2. Compreensão errada da utilização dos dons espirituais;
  3. Incapacidade de se entregar completamente ao Senhor Jesus, nascendo de novo, de fato, e não apenas aparentemente;
  4. Manutenção de uma vida de pecado, sem firmeza espiritual;
  5. Ênfase na aparência em detrimento da essência;
  6. Ênfase na teoria ao invés da prática;
  7. Facilidade para aderir a modismos e inovações doutrinárias.

Paulo teve muitos entreveros com os tais meninos. Hoje não é diferente. E é até admissível que sejamos meninos por um tempo. Mas precisamos crescer e amadurecer, seguindo nas fases de desenvolvimento espiritual. Infelizmente, até no ministério encontramos obreiros ameninados, cujo comportamento denuncia sua inexperiência. Muitos deles cresceram na hierarquia única e exclusivamente bajulando seus líderes.

Lembro de um tempo em minha vida de jovem que ia a três, quatro Círculos de Oração numa só tarde, procurando onde Deus estava falando. E Ele, bem ali, falando em todas aquelas ocasiões para mim. Depois cresci espiritualmente e amadureci e abandonei tal comportamento.

Que cresçamos, então!

Sobre o autor | Website

Meu nome é Daladier Lima dos Santos, nasci em 27/04/1970. Sou pastor assembleiano da AD Seara/PE. Profissionalmente, trabalho com Tecnologia da Informação, desde 1991. Sou casado com Eúde e tenho duas filhas, Ellen e Nicolly.

Insira seu e-mail aqui e receba as atualizações do blog assim que lançadas!

100% livre de spam.

Para enviar seu comentário, preencha os campos abaixo:

Deixe uma resposta

2 Comentários

  1. Eduardo Juvenal disse:

    Excelente publicação. Acredito que cabelos brancos não significa maturidade espiritual. Estamos esquecendo da prática, e se agarrando com a teoria.

  2. dannilo stelio disse:

    Muitos meninos crescem só por fora. Espiritualmente ainda causam muitos prejuízos a si mesmos e aos que os cercam.