Por que tantos estão querendo mudar de igreja?

Por que tanta gente está querendo mudar de igreja? Ou de denominação? Por que há tanta mobilidade eclesiástica em nossos dias? Analise este fenômeno conosco!

Você está querendo mudar de Igreja? Que coincidência! Muitas pessoas estão pensando exatamente nisso. Pesquisa do LifeWay Research indica que 15% dos americanos estão pensando em mudar de denominação nos últimos seis meses. Creio que em terras tupiniquins o percentual não ficaria muito abaixo disso.

As razões levantadas, na pesquisa da LifeWay, para tantos quererem mudar de denominação são muitas, tantas quantas não caberiam neste pequeno post. As principais são:

  1. Mudança na doutrina: 54%
  2. Mudança de cidade: 48%
  3. Mudança na pregação: 19%
  4. Saída de um pastor: 12%

No Brasil o próprio perfil dos evangélicos tem mudado. Recentemente, fizemos uma compilação dos dados do Censo 2010 do IBGE. Na Região Metropolitana de Pernambuco os assembleianos já não são maioria em algumas das grandes cidades. No interior estão surgindo inúmeros ministérios, quer sejam com práticas litúrgicas pentecostais quer não e, a maioria, tem abocanhando o público mais jovem e informado. Detalhe: estes são dados de 2010! Cremos que hoje as mudanças terão se intensificado.

Migração Evangélica

Migração Evangélica

O que tenho detectado em conversas pontuais é que já não há aquele medo de mudar para uma outra denominação. Os mais antigos lembram que a AD era propagandeada como a única Igreja com acesso ao Céu e muitos assembleianos ainda pensam assim. Quem saísse da AD era tido como desviado. Com a massificação das informações teológicas e eclesiásticas esta resistência tem caído a níveis preocupantes.

Obviamente, vivemos num país livre e ninguém pode ser impedido de mudar de igreja, inclusive de credo e tendências teológicas! O dado crítico é que isso ocorre com cada vez mais frequência.

Creio que dentre aqueles que estão mudando de denominação por aqui os motivos mudem muito pouco em relação ao que foi detectado pela LifeWay Research. Eu conheço muita gente que só está em busca de uma oportunidade para mudar. Converso com pessoas assim todos os dias. Muitos até me pedem orientação sobre o que fazer. E você está querendo se mudar também? Se quiser conte nos comentários o por quê!

Acesse a pesquisa aqui

Sobre o autor | Website

Meu nome é Daladier Lima dos Santos, nasci em 27/04/1970. Sou pastor assembleiano da AD Seara/PE. Profissionalmente, trabalho com Tecnologia da Informação, desde 1991. Sou casado com Eúde e tenho duas filhas, Ellen e Nicolly.

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7 Comentários

  1. “Obviamente, vivemos num país livre e ninguém pode ser impedido de mudar de igreja, inclusive de credo e tendências teológicas! O dado crítico é que isso ocorre com cada vez mais frequência.”

    O problema é pedir a carta de mudança da denominação.
    Se receber o documento, pode fazer um culto de ação de graças pelo milagre e testemunhar do feito!!!!

  2. Confesso que sim.
    Mas não encontro um lugar.
    Tenho 37, e desde os 15 me converti ao Evangelho. Sempre fui da linha Batista Tradicional, sempre congreguei em Igrejas Batistas como membro, porém sempre visitei (ainda visito) outras denominações (a AD).
    Os motivos: na Batista, às vezes a frieza doutrinária, a descrença em certos pontos e o “se achar melhor, mais bíblica” que as demais denominações me incomoda. Nas pentecostais, o excesso de “reteté”, a falta de ordem no culto (barulho e movimento!), o emocionalismo acima da racionalidade me deixam sem vontade de permanecer no culto. Em ambas, vejo “fale pro irmão do lado”, “repita comigo”, “faça um desafio com Deus”, “cante/dê glória” (mediante uma heresia!).
    Enfim… Já pensei até em congregar apenas entre famílias de conhecidos. Mas… entre sair pra outra denominação e continuar na que estou prefiro continuar na presença dos irmãos.
    Sinto saudades da década de 90, quando as Igrejas procuravam ser a mais bíblica possível, onde teologias da prosperidade, unções sobrenaturais e o foro privilegiado gospel (não faleis do ungido do Senhor, ainda que ele pregue heresias ou viva de forma diversa da que prega!) não existiam. Parece que os crentes daquela época eram mais humildes, buscavam mais sinceramente e sem interesses secundários. Os louvores eram mais genuínos, cristocêntricos e feitos com zelo.
    Sinto falta daqueles tempos…

  3. Andry Bastos disse:

    Nobre pastor, graça e paz! Tenho minha opinião a respeito da necessidade de mudança de alguns para outras igrejas/denominações. Com a massificação do acesso à internet, muitos obtém conhecimento acerca de Deus, igreja, teologia através do You Tube, por exemplo, com excelentes expositores bíblicos.

    Ao chegar em sua congregação local aos domingos, por exemplo, essa mesma pessoa se vê sentada em um banco ouvindo um pastor pregando apenas chavões, teologia da prosperidade, um despreparo total para ministrar a Palavra. Assim, muitos não se sentem mais alimentados em suas congregações e vão em busca de outras. Infelizmente isso acontece em minha querida Assembleia de Deus, a qual congrego há quase 20 anos. Alguns pastores dentre 50 e 80 anos pararam no tempo, enquanto que jovens que não tem sequer uma oportunidade, tem mais bagagem intelectual e uma biblioteca até mais vasta do que a dos seus líderes.

    Um segundo ponto que verifico é uma mudança litúrgica nas Assembleias de Deus. Em toda sua história, sempre foi uma igreja muito participativa, em que os grupos cantavam, pessoas testemunhavam, jovens podiam iniciar na carreira ministerial tendo oportunidades para pregar e assim por diante. Hoje em dia, nossa querida AD copiou o modelo das igrejas neo-pentecostais, em que há uma centralidade no líder: ele canta, prega, passa o tempo inteiro dominando o microfone e púlpito, tendo os membros como meros expectadores. Aqui no sudeste, a Assembleia está assim, o pastor líder exige que seu nome sempre seja mencionado nas congregações, sua foto vista na entrada da igreja, suas fotos postadas pelos pastores locais em suas mídias sociais. Perdemos nossa identidade comunitária. Fora a falta de ética, transparência nas finanças, o autoritarismo desenfreado sobre obreiros, etc.

    Finalizando, muitos jovens veem isso com desconfiança, até tristeza, sentindo, assim vontade, até mesmo de ir para igrejas tradicionais, em que há um exposição bíblica mais profunda e menos centralidade em uma liderança.

    Um abraço fraterno Daladier, aprecio muito seus artigos.

  4. A paz do Senhor, pr. Daladier !
    Depois de quase 30 anos reunindo na Assembléia de Deus, aqui no Espírito Santo, saí e fui congregar com minha família em uma igreja ‘apostólica’, dessas que o líder é “apóstolo” e não aceitam de ser chamados de evangélicos. Um povo com liturgia bem diferente das AD’s, o que me impressionou neles é que o tempo da palavra ou pregação é de 01 hora e 40 min de louvor, bem diferente das AD’s, pois é em todos os cultos, mas só permanecemos lá, exatamente, 01 ano, não conseguimos nos adaptarmos, são muitos centralizados no judaísmo e seus rituais, sendo que lá tem vários pastores e membros oriundos da AD e Batista.
    Sou obreiro à 17 anos e 07 como pastor, o motivo de mudarmos para esta denominação, foi um projeto missionário para o Sertão, fiquei um período como missionário em Juazeiro, Bahia, e na AD que reuníamos, apesar de ser secretário de missões e termos 14 missionários no campo, o pastor presidente dizia que a igreja ‘dele’ não tinha ‘chamado’ para o Brasil, principalmente, para o Sertão Nordestino. Mas hoje voltamos para AD, depois de 01 ano, como diz o apóstolo Paulo, em 1 Tessalonicenses 5 : 21: Examinai tudo. Retende o bem.
    No abraço de Cristo,
    Pr. Ricardo Leone

    Desculpa pelo texto.

  5. Caro pastor Daladier,

    A graça e a paz do Senhor!

    Texto em boa hora! Sem dúvida, hoje, com o arsenal teológico que temos, muitos cristãos estão abrindo os olhos para questões que ocorrem nas igrejas, sejam de formas escancaradas, sejam de maneiras “secretas”.

    Estou (não sou) na AD e percebo que, realmente, ainda existe uma massa que acredita piamente que será salva por estarem congregando nessa denominação. Lamentável…

    Creio que esse tipo de pensamento antibíblico também ocorra em outras denominações. Se não igualmente, mas em questões semelhantes.

    Tempos atrás, em nosso blogue, escrevemos sobre o pecado da “denominaciolatria”: http://joaopaulomsouza.blogspot.com/2018/07/8-atitudes-que-mostram-se-voce-idolatra.html

  6. ELIEZER COSTA DE SOUZA JUNIOR disse:

    Muito bom.

  7. claudio csa disse:

    Graça e Paz nobre Pr Daladier parabéns pela pstagem muita oportuna! Eu posso dizer que faço parte desse grupo pelos seguintes fatos: o sistema que estou incluído virou um negócio de família e um projeto pessoal de um índividuo que tem sacrificado a Igreja ou convenção em prol de atingir seus objetivos pessoais! o sistema em que estou inserido falta transparência até o envolvimento da instituição em denúncias do MP! Outro fato e que são inadimissívéis as condutas da liderança eclesiástica em envolvimento com políticos corruptos e desvios de rumo da entidade para outros feitos! É o senhor já decidiu?