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A necessidade de pregar sobre o arrebatamento

Arrebatamento

Arrebatamento

 

Prezados, precisamos pregar sobre o arrebatamento da Igreja em nossos púlpitos. Nossos dias estão marcados pelo antropocentrismo (culto centrado no homem), pelo materialismo (só tem valor o que poder ser tocado ou avaliado) e pela indiferença com a volta repentina do Senhor Jesus. Algumas variáveis influenciam o distanciamento deste tema:

1) Uma geração de crentes abençoados com bens materiais, está cada vez mais preocupada em acumular riquezas. Devemos nos lembrar de Abraão. Em Gênesis 13:2, encontramos a seguinte expressão: E era Abrão muito rico em gado, em prata e em ouro. Entretanto, em Hebreus 11:9-10, lemos: Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus. Ou seja, toda riqueza que Abraão tinha não se comparava à sua esperança!

2) O evangelho mercantilizado anestesia as pessoas. Poucos querem ouvir falar de arrependimento, transformação e novidade de vida. Visitei uma das irmãs de nossa congregação que havia sumido dos cultos. Perguntei-lhe se havia algum problema. Ela respondeu, secamente: Estou indo para a igreja tal, lá é benção toda hora. Aqui quase não se vê alguém agradecendo coisa  grande. Lá é casa, carro, emprego com salário grande. Eu quero é benção! A vida espiritual daquela mulher não era das melhores, mas sua preocupação girava em torno das bençãos materiais. Ainda hoje, infelizmente, continua correndo atrás das vãs promessas neopentecostais;

3) Crentes anestesiados pelo poder temporal. Cada vez mais encontramos crentes mesmerizados por um cargo, ou porque o postulam. Entretanto, devemos lembrar de Moisés que rejeitou o trono (Hebreus 11:24) daquele que à época era o maior reino do mundo, somente para agradar a Deus. Não esqueçamos de Daniel que rejeitou os presentes do rei (Daniel 5:17) e percebeu, bem cedo, que o poder político é como a fumaça. Se esboroa nas esquinas da vida! Este último servo de Deus assistiu à queda e à ascensão de grandes reis, no seu ministério profético. Enquanto tais reis passavam, Daniel persistia em agradar a Deus;

4) Conivência da liderança. Por vezes somos tentados a agradar nossos membros. Afinal, pensamos, se não fizermos assim ficaremos sozinhos. É um engano perigoso. Nem podemos prometer o que não nos foi confiado por Deus, muito menos enganar nossos ouvintes com palavras de falsidade. Não se trata de sermos duros, podemos ser amáveis, porém, sinceros. Mas muitos preferem a dissimulação. Ao invés de pregar sobre a necessidade de mudança, massageiam o ego dos ouvintes;

5) Desconhecimento bíblico. Infelizmente, boa parte dos pregadores desconhece o que a Bíblia diz, realmente, sobre este acontecimento glorioso. Ora, não podemos focar apenas em escatologia. Nosso domínio da Palavra de Deus deve ser o mais genérico e abrangente possível, mas conhecer tal doutrina é um dos pilares de um estudioso sincero. É lícito pesquisarmos em bons livros, nos cercarmos de bons estudos, mas o primordial é ler a Palavra de Deus e de maneira sistemática nos acercar deste assunto maravilhoso;

6) Medo. Esta palavra de quatro letras reflete o sentimento de muitos crentes em relação ao assunto. Tomara que Jesus não volte, porque não estaria preparado. É o raciocínio de muitos. Devemos alertar nossas igrejas de que tal fato se dará mesmo que não estejamos preparados. O alerta do Senhor Jesus em Mateus 25:13 é contundente: Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir!

Podemos ser ricos, ter dinheiro no banco, exercer algum cargo político. Não podemos esquecer que nossa Pátria não é aqui!

Maranata!

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