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As manifestações do Espírito Santo – Subsídio da Lição 10 – 3º Trimestre/2017

Dúvidas sobre as manifestações do Espírito Santo

Prezados, 200 leitores, mesmo com o tempo corrido resolvi ajudar meus amigos professores e alunos da EBD. A lição tem sido ótima e profunda. Tão profunda que muitos alunos tem relatado a dificuldade dos seus professores com os temas. Infelizmente, nem todos pesquisam e há muitos figurantes em frente as classes. Não é por falta de material. Em alguns casos é falta de tempo e acesso a tecnologias, por exemplo. Noutros, porém, é preguiça e indolência mesmo. Mas vamos lá…

Como já há muitos subsídios prontos decidimos fazer uma série de perguntas sobre a lição. Socorri-me de alguns sugestões colhidas via Facebook, relação de participantes ao final. Sugiro que você, aluno ou professor, as utilize e discuta com a classe sobre elas:

1) O batismo com o Espírito Santo é o mesmo recebimento do Espírito Santo no ato da conversão?

Não! Há, ao menos, três passagens que mostram isso claramente.

a) Em Marcos 16, dos versículos 15 ao 18, temos uma progressão no Ide de Jesus para sua igreja. Jesus falava naquele momento para homens salvos, comissionados e que deveriam ir por toda parte. Mas que só receberiam poder para realizar as obras descritas nos versículos 17 e 18, depois do revestimento de Atos 1:8;

b) Em João 20:22, Jesus soprou sobre seus discípulos e eles receberam o Espírito Santo, mas somente foram batizados em Atos 2;

c) Em Atos 19, Paulo chega a uma comunidade em Éfeso que havia crido através da pregação de Apolo. Mas não haviam recebido o bastimo do Espírito Santo. A conversa se desenrola da seguinte maneira: “Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam. E estes eram, ao todo, uns doze homens.” Ou seja, esta comunidade era crente, salva e neles já habitava o Espírito Santo, mas não haviam sido batizados no Espírito Santo.

Portanto, concluímos que o Espírito Santo convence e regenera o pecador. O batismo é um evento posterior ao arrependimento, conversão e novo nascimento. Ocorre depois que o Espírito passa a habitar no coração do homem (João 14:23). Ainda acrescentaria Atos 2:38, observe a sequência e o contexto no qual Pedro faz a seguinte afirmação: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo“.

O único versículo que parece contrariar esta sequência está em Atos 10:47. Ali os da casa de Cornélio foram batizados em águas depois do batismo no Espírito Santo. Porém, não podemos esquecer que eram homens piedosos e que oravam a Deus por discernimento, quando foram instruídos a chamar a Pedro para lhes ensinar o caminho.

2) O que aconteceu em Atos 2? O que foi aquele batismo?

Em Atos 2 a igreja nascente foi revestida de poder. Não sabemos porque somente após alguns dias de oração, mas cremos na soberania de Deus. A igreja não tinha recursos, nem poder, para anunciar a Palavra. Com o batismo no Espírito Santo teve o impulso necessário para cumprir o desejo de Jesus.

Cremos que hoje ainda Deus reveste homens e mulheres batizando-os no seu Espírito Santo.

3) Mas, então? A igreja hoje ainda precisa do Pentecostes?

Certamente! Sem esse revestimento restamos impotentes para fazer o trabalho do Senhor. Como enfrentaremos os heresiarcas do nosso tempo? Como pregaremos aos adeptos de Maomé? Como enfrentaremos hostes infernais que atormentam através dos vícios, prostituição, ideologia de gênero, drogas e tantas outras mazelas? Idólatras e ateus não resistem a uma igreja poderosa e cheia de unção (Atos 13:4-12)!

Creio que com o batismo no Espírito Santo teremos melhores ferramentas para a pregação do Evangelho. A igreja nascente já tinha a palavra (Velho Testamento ao menos), podia compilar o Novo Testamento, afinal boa parte dele é história e doutrina, por que revesti-la de poder? Por que Jesus disse aos seus discípulos (que já tinham a mensagem a ser falada pois fizeram um intensivo com o próprio Mestre!) ficai em Jerusalém, até que sejais revestidos de poder? E daí em diante é que sairiam a todos os povos? Não enxergo outra conclusão.

4) E as igrejas tradicionais não podem fazer tais trabalhos?

Podem e fazem, mas com alguma dificuldade ou falta de sensibilidade. O batismo no Espírito Santo é como uma ferramenta. Alguns lançam mão dela, outros não, mas está à disposição de todos quantos queiram. Muitas ações de tais igrejas, por outro lado, são capitaneadas pelo Espírito Santo e muitos de seus membros nem percebem. O vento sopra onde quer segundo a multiforme sabedoria de Deus!

Alguém já comparou este assunto a uma pessoa vestida numa festa. Um homem, por exemplo, pode ir com uma camisa boa, mas desensacada. Outro pode ensacar, ficaria melhor. Ainda outro pode colocar um blazer e assim estará mais bem vestido ainda. E ainda outro pode adicionar um sobretudo. Todos farão a mesma figuração, cada um mais revestido de representação que o outro.

Observe que embora os dons sejam opcionais, sua busca e vividamente recomendada pelo apóstolo Paulo em suas cartas. Já naquele tempo haviam crentes que davam de ombros para eles.

5) Há uma fórmula para o batismo no Espírito Santo?

Não. Em Atos 2 os discípulos já oravam há cerca de sete dias (A festa de Pentecostes acontecia 50 dias depois da Páscoa, quando ocorreu a morte de Jesus. Segundo Atos 1:3 ele permaneceu entre eles por quarenta dias e temos os três dias que ele esteve na tumba). Em Atos 10:44-46 os ouvintes da casa de Cornélio foram batizados ouvindo a exposição de Pedro. Já em Atos 8:17, 9:17 e 19:6 as pessoas foram batizadas pela imposição de mãos.

A Assembleia de Deus brasileira usa, por costume, chamar as pessoas à frente para que a igreja ore e sejam batizados no Espírito Santo. Em muitos lugares se recomenda que o desejoso do batismo glorifique a Deus. Tem funcionado, a razão não são os minutos, se dez ou quinze, se ao final ou início, ou o chamado em si, mas o estímulo. Ir à frente não significa obediência como já se pensou (os desobedientes não seriam batizados, na verdade muitas vezes é timidez), isso ou aquilo, mas aproveitar uma oportunidade de receber a oração da igreja.

Já vi e ouvi de pessoas batizadas sentadas. Outras relatam estar sonhando e serem batizadas. Outras em simples oração. Ou seja, não há fórmulas para o agir de Deus!

É de extremo mal gosto obrigar as pessoas a serem batizadas indo à frente, forçando-as para que falem determinado mantras e adotem determinadas práticas alheias à Palavra de Deus. O batismo, por outro lado, deve ser buscado pelo crente verdadeiro e conhecedor da Palavra de Deus.

6) Qual a evidência inicial do batismo no Espírito Santo?

Pelos diversos relatos do livro de Atos, entendemos que todos quantos foram batizados no Espírito Santo falaram em línguas. Leiamos Atos 11:16, 17: “E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio. E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água; mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.“. Como Pedro compreenderia que eram eventos conexos?

Mas, a que evento Pedro se refere? Ao que está no capítulo anterior (10), na casa de Cornélio. Seria bom ao leitor ler todo o capítulo, mas frisaremos os vs 44 a 47 (grifo nosso): “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?

Por que os que acompanhavam Pedro se admiravam? Como compreenderam que o dom de Atos 2 se revelava sobre os discípulos, senão pelo ouvi-los falar em línguas? Atos 19:6 registra: “E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.“. Então, cremos que é o falar em línguas que inaugura o batismo no Espírito Santo na vida do crente.

7) Esta é a única evidência do batismo no Espírito Santo?

Pela Bíblia não temos como afirmar outra evidência inicial. Lembrando que não é assim porque queremos. Tem coisas que devemos aceitar por fé. Outro detalhe importante é que as pessoas pensam que operosidade, participação, cargos, etc podem revelar alguém cheio do ou batizado no Espírito Santo. Essa percepção é uma confusão entre batismo no Espírito Santo com o fruto do Espírito ou com o chamado ministerial.

O próprio livro de Atos revela Apolo, que era cooperador da Obra do Senhor e pregava por toda parte, sendo eloquente e poderoso nas Escrituras, ganhando muitas almas, certamente, entretanto, não era batizado no Espírito Santo (Atos 18:24, 25).

8) Mas, a evidência inicial é necessariamente a glossolalia (línguas estranhas) ou pode ser a xenolalia (idiomas estranhos a quem fala)?

O comentarista da lição abriu uma porta perigosa neste assunto. Ele introduziu um conceito caro para os cessacionistas (que são aqueles que creem que os dons cessaram e se restringiram à Igreja Primitiva). Segundo estes pensadores as línguas faladas em Atos 2 eram idiomas dos visitantes (falaremos deste assunto mais adiante).

Segundo o comentarista a xenolalia (na verdade citando verbete de Isael Araújo, no Dicionário do Movimento Pentecostal) seria a mais difícil variação da glossolalia. Não cremos que tenha acontecido assim. Cremos que Deus permitiu a interpretação das línguas faladas naquele dia ao ouvinte estrangeiro, como prova sobrenatural da manifestação do Espírito Santo. Tanto no caso relatado na lição quanto em outros cremos que é isso que acontece.

Por aqui conta-se que um dos Lundgren, poderosos donos de tecelagens em Paulista, Pernambuco, passava em frente à uma de nossas congregações, quando ouviu alguém lá dentro falando em alemão para ele. Acorreu ao recinto, pensando encontrar algum parente conhecido. Era um irmão sendo usado por Deus para comunicar as Boas Novas. Certamente, aquele irmão nunca mais pregou em alemão, estava interpretando outra pessoa ou sendo usado numa mensagem profética em outra língua para aquele homem. Era um milagre.

9) Quando eu sei se fui batizado no Espírito Santo?

Partindo da premissa que falar em línguas estranhas (não em línguas desconhecidas) é o sinal do batismo é a partir desse momento que alguém pode afirmar tal coisa. Evidentemente, nem todos falam com abundância em línguas e nem todos recebem os dons.

Há relatos de irmãos que ao serem batizados falaram em línguas toda uma noite. Outros que nunca mais falaram. Há tanto desleixo, como exagero nestes casos. Noutros singulares é um sinal (I Coríntios 14:22). É importante frisar que o falar em línguas nunca foi ponto pacífico, sempre impactando as pessoas. Aliás, é assim com a maioria das operações sobrenaturais divinas.

10) Para que serve o batismo no Espírito Santo?

O batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder. Não serve à grandiloquência humana. Na Bíblia, o crente revestido é enviado a fazer o trabalho do Senhor. Desconfie de estatísticas que não levam os batizados ao serviço no reino. Desconfie de moveres e avivamentos que não se traduzem em quebrantamento e contrição espiritual seguidos de disposição para o serviço.

11) O que são os dons espirituais

No meu parco entendimento, os dons são:

a) A manifestação do Espírito Santo na vida da Igreja. A demonstração clara e eficaz de seu poder!

b) São habilidades espirituais colocadas à disposição da Igreja, munindo-a para o que for útil ao Senhor (I Coríntios 12:7);

c) A antesala do Céu. Deus deu à sua Igreja uma amostra grátis do conjunto de sensações do que será a glória final. É uma pálida amostra, mas…

Os dons se dividem, conforme classificação da própria lição em:

Dons de revelação: palavra da sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos

Dons de poder: fé, operação de maravilhas, cura

Dons de elocução: variedade de línguas, interpretação de línguas, profecia

Como dissemos há pouco, nem todos que são batizados possuem o dom de variedade de línguas. Paulo orienta seus leitores a buscar e se aperfeiçoar nos dons (I Coríntios 14:31).

12) Há dons superiores a outros?

Paulo fala disso em diversas ocasiões. Especialmente, em I Coríntios, 14 quando discorre sobre a utilização dos dons na Igreja. Ele diz que é preferível profetizar a falar em línguas, e quem profetiza é maior que o que fala em línguas (I Coríntios 14:5), assim o ouvinte pode ser edificado. O perigo das línguas estranhas é que é um dom que edifica muito mais ao praticante e muito pouco ao ouvinte.

Em I Coríntios 12:31 está escrito: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente“. Se o apóstolo orienta-nos a buscar os melhores é porque há uns preferíveis a outro. E a razão não é soberba ou jactância, mas melhor aproveitamento da congregação. Por fim, neste quesito sigamos a orientação paulina: “Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (I Coríntios 14:1).

13) Existe dom de visão e de revelação?

Cremos que tanto um quanto o outro são manifestações de outros dons. Não existe este dom na lista de I Coríntios 12:8-10. Por palavra do conhecimento a um é dada a visão e a outro a revelação.

14) As línguas estranhas são línguas de anjos?

Os pentecostais convencionaram chamar uma coisa de outra com base numa inferência de I Coríntios 13:1. A comunicação é um dos intelectos mais elevados. Cremos que no Céu a teremos num nível mais elevado possível e que os salvos ao chegar naquele lugar poderão se comunicar uns com outros neste patamar.

Os anjos, de fato, falam como Deus qualquer idioma do mundo. Isso acontece pelo sua elevada inteligência e pela necessidade de se comunicar com pessoas de qualquer parte do mundo, quando são enviados a elas por Deus. Eles não precisam aprender nada para serem compreendidos por seus interlocutores. É esse nível de compreensão linguística que teremos no Céu. Lá não existe escola de idiomas.

15) Há conexão entre as línguas de Atos 2 com a confusão de línguas de Babel, em Gênesis 11:9?

Cremos que sim. Em Babel Deus dispersou os povos e os distinguiu por sua língua. No Pentecostes Deus reuniu povos dos mais diversos lugares do mundo. Hoje todos os pentecostais do mundo falam em línguas estranhas!

16) Os dons espirituais são concedidos na sequência do batismo no Espírito Santo cuja evidência inicial é falar em línguas?

Esta é a conexão encontrada em alguns dos diversos textos que falam do batismo no Espírito Santo. Tanto em Marcos 16:17ss, Atos 2:1-4, 8:17, 9:17 e 19:6 a sequência é essa: os batizados falam em línguas, em seguida, profetizam ou são usados em outros dons. Não há nenhuma indicação bíblica de que alguém possa receber os demais dons antes do batismo.

17) Qual seria a melhor forma de ensinar a igreja o controle ao falar em línguas, já que o mesmo, tem a finalidade de edificação pessoal?

Todo descontrole é prejudicial à igreja do Senhor Jesus. Não é diferente com o exercício dos dons espirituais. A julgar pelo conteúdo de I Coríntios 12-14 naquela cidade estaria havendo carnal jactância onde uns se consideravam maiores que os outros pela quantidade de línguas estranhas que falavam, por exemplo.

Diversas vezes o apóstolo reclama do problema, exortando os irmãos a terem ordem no culto. Temos a mesma dificuldade com a profecia. Certos profetas, por exemplo, se levantam a qualquer momento no culto, entregam mensagens divorciadas da Palavra de Deus, fazem movimentos e buscam até tumultuar o culto. Não é bíblico, a não ser em situações muito específicas, durante a ministração da Palavra haver profecias. Uma vez que na doutrina ou cultos de verdadeiro ensino Deus já está falando através de sua Palavra.

Somente a ortodoxia, ensino da doutrina bíblica a respeito do assunto, trará uma correta ortopraxia, correta prática. Outro problema a ser evitado é a extinção do Espírito (I Tessalonicenses 5:19). Que vem a ser isso? Com a preocupação de impor ordem ao culto, acabamos extinguindo as manifestações espirituais. É o caso de aplicar I Coríntios 14:27-29 e esquecer que mal termina este capítulo e Paulo já está escrevendo: “e não proibais falar línguas” (14:39). Ou seja, em nome da decência e da ordem não podemos deixar de ter cultos fervorosos. É possível tanto uma coisa quanto a outra.

Um outro problema é que a ignorância da natureza dos dons traz rompantes de egoísmo espiritual. Paulo exorta os coríntios que quem fala em línguas, sem interpretação, edifica a si mesmo, pois fala em mistérios entre ele e Deus.

18) Quando falamos em línguas entendemos o que estamos falando?

Por experiência pessoal, não. Não há nenhum controle sobre línguas genuínas da parte de Deus. Isto não anula o intelecto daquele que fala em línguas. Devemos orar para que possamos ter o dom de variedade e assim enriquecer nossa experiência pessoal, mas há irmãos que seguem por toda a vida falando aquele mesmo conjunto de fonemas do dia do batismo.

Claro que existem os imitadores grosseiros de línguas. Eles estão por toda parte. Isto não significa que o fenômeno é meramente humano. Aliás, é até bíblico (Atos 8:9-24), que pessoas as mais diversas queiram imitar este ou aquele dom.

Outra questão dentro deste tópico é o costume disseminado entre nós de afetar poder ao falar 10 ou 15 minutos em línguas ao microfone. Ora se não fomos destituídos de nosso intelecto compreendamos que tal atitude não é correta, a não ser em situações bem específicas, serve apenas aos piores propósitos. Zombaria, jactância, entre outros.

19) O que profetiza sabe o que está falando da parte de Deus?

Sim. O profeta não anula sua inteligência ou individualidade. Até mesmo os escritores bíblicos, por inspirados que estivessem, não prescindiam de sua humanidade. Sendo limitados, inclusive, por sua escolaridade. Deus não eleva o nível intelectual dos seus vasos. Aprenda um pouco de grego e compare os textos originais de Pedro e Hebreus para comprovar isso.

O perigo, por outro lado, é acrescentar ou retirar partes da profecia recebida de Deus. Não é incomum um profeta acrescentar elementos que Deus não lhe revelou, mas é pecado contra o Espírito Santo que usa o instrumento humano em suas mãos.

20) Por que os cultos pentecostais são barulhentos?

Há quem diga que pentecostal que não faz barulho está com defeito. Esse tipo de colocação só gera crentes ameninados. O culto pentecostal deve ser animado, afinal é um culto vivo. Isso não significa gritaria e bagunça, muito mais afeitas ao velho homem (I Coríntios 13:11).

21) Os dons são para nossos dias?

Sim. Além de todas as passagens bíblicas que atestam a promessa de Deus à sua Igreja, há a premissa da necessidade. Tomemos o dom de curar, por exemplo. Somente em relação aos domésticos na fé, quantos irmãos e irmãs padecem neste exato momento de alguma enfermidade? Quantos deles estão desenganados? Sem a consciência da atualidade dos dons, daremos apenas de ombros ou, no máximo, iremos nos solidarizar com quem sofre. A depender dos cessacionistas (aqueles que não acreditam na continuidade dos dons) um paralítico como aquele de Atos 3, permaneceria em sua miserável condição.

22) As línguas faladas pelos carismáticos católicos é bíblica?

Uma das ações do Espírito Santo em nossa vida é glorificar a Cristo. Como alguém batizado no Espírito Santo vai se voltar para a idolatria? Tenho ouvido de católicos praticantes que aprendem uns com os outros como falar em línguas. Isso nunca aconteceu na Bíblia. O máximo que Paulo diz é que devemos exercitar os nossos dons para utilizá-los para o bem da Igreja, mas eles são dados por Deus. Não existe na Bíblia escola de idiomas de línguas estranhas!

Conclusão

Alertamos, por fim, quanto à zombaria feita pelos próprios pentecostais em suas linhas do tempo, com línguas estranhas e mensagens de carapuça ou sob encomenda. Este comportamento cairia, talvez, muito bem se estivéssemos falando entre meros seres humanos, mas tais coisas são espirituais. Devem ser respeitadas. São coisas de Deus.

Outro aspecto que não podemos esquecer é que ser batizado e, portanto, estar cheio do Espírito Santo deveria se traduzir numa vida de santidade e oração. É incompreensível alguém que se diga batizado e portador de dons viver no pecado ou na desobediência.

Leia este outro post sobre se eram línguas de homens ou não.

 


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Evidência inicial

Batismo x Frutos

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