Ícone do site Pr. Daladier Lima

Existe mania de perseguição na Igreja?

Mania de perseguição

Meus vinte leitores, vamos refletir sobre um assunto cabeça? Pois bem a bola da vez é a mania de perseguição. Mas o que é isso? É uma patologia psicológica que assalta a nossa mente e nos faz imaginar que há alguém nos seguindo, tramando contra nós e agindo para nos desestabilizar. Pode evoluir para um quadro clínico grave que ensejará tratamento psicológico e/ou psiquiátrico. Violência, drama familiar, inveja, solidão, recalques, complexos, erros da vida pregressa, insegurança são ingredientes que podem levar à mania de perseguição. O uso de narcóticos pode potencializar os efeitos.

Dias atrás uma pessoa amiga postou um desabafo do Facebook. Muita gente, segundo disse, estaria falando de sua vida. Na verdade a pessoa é tão conhecida que quase ninguém sabe quem é. Ou seja, é alguém que pensa que é importante ao ponto de chamar atenção. Sei como é duro ouvir a verdade, mas ei-la aqui e agora. Aliás, este tipo de comportamento virou comum nas redes sociais. Começou pelas mulheres um pouco mais suscetíveis, pelas próprias características de gênero, que o diga Valeska Popozuda, e se alastrou por todos. Hoje vi outro desabafo do tipo. Complicado de entender.

E dentro da igreja? Existe este tipo de comportamento? A resposta é sim, quem dera na Igreja não houvesse esse tipo de coisa… mas, não é tão simples de compreender e identificar. Convivi nestes anos todos com vários tipos de manifestação do problema. Desde a pessoa que tem dificuldade de se aceitar e vive lançando a culpa sobre os outros, enquanto os acusa de observar sua vida, até pessoas insatisfeitas com o sucesso alheio ou usando o próprio sucesso como justificativa para o comportamento dos outros.

Outro tipo com mania de perseguição é aquele pecador contumaz, reincidente, que passa a se esconder, deixa de ir à igreja, porque, segundo ele, todos estão falando de seus erros. Quando a verdade é 1% do que ele imagina. Por sua própria insegurança, passa a desconfiar dos outros. Aliás, é um comportamento padrão dos maníacos acusar os outros do que não fazem. Conheço muita gente enquadrada neste perfil. Peca, erra, leva na cara e depois passa a difundir que todos estão contra ele. Já vi até com lideranças eclesiásticas.

Posso ser réu desta sentença algum dia, mas aprendi que quando há muitas calúnias contra uma pessoa, uma parte do que dizem é verdade. Fulano/a que é casado/a e semestre sim, semestre não, falam de casos, de apalpadelas, de namoricos, de cantadas. E ele/a jura que não é verdade. E sempre aparece um comentário, um caso não esclarecido… Depois vem contar uma história mirabolante de mania de perseguição? Paciência!

Conheço outro tipo: aqueles que são preteridos por sua capacidade e se julgam perseguidos. Muitas vezes a liderança quer poupá-lo de um vexame, mas ele acha que pode ocupar determinado cargo. E se julga perseguido quando não consegue. Conheci muitas pessoas deste tipo. Nunca me desviei por perseguição. Eu era dirigente de jovens, professor da EBD e diácono quando passei seis meses sem ter oportunidade aos domingos. Um dos domingos era reservado para a juventude. Preparava a programação, entregava ao pastor. Ele riscava os nomes e dava oportunidade a outras pessoas totalmente diferentes. Nunca tive vida fácil neste quesito…

Tem o desviado por mania de perseguição. Naquela igreja, sob aquele pastor, naquele ministério, me perseguiram tanto que eu não tive alternativa. É uma mentira deslavada. Sob a mania de perseguição você deu oportunidade ao Diabo para agir em sua vida, foi tentado e caiu. É outra história. Sua versão é falsa!

Por fim, hoje em dia temos a mania de perseguição pastoral. Se alguém não rezar em determinadas cartilhas, manifestar uma discordância, está contra a liderança. Um pouco menos de neura faria bem a toda Igreja.

Sair da versão mobile