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O falso embate da cura gay

O falso embate da cura gay

Prezados 250 leitores, está no ar a malandragem dos chamados movimentos engajados para emplacar temas adjacentes como principais e desviar a atenção dos problemas mais sérios. Como sabem um grupo de 27 psicólogos cristãos ajuizou uma ação no DF para poder exercer livremente sua profissão e orientar eventuais homossexuais em dúvida com sua sexualidade. Bastou o juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho dar uma decisão favorável e a mídia engajada caiu em cima enfurecida. É um falso embate como pretendemos mostrar rapidamente.

A mídia, intensamente impregnada da ideologia de gênero, cunhou o termo cura gay, para dar outros ares ao tema e ganhar apoio da sociedade. Eles sempre procuram mistificar o assunto. A decisão, proferida determina que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) não proíba que psicólogos façam atendimento para tentar mudar a orientação sexual do paciente, desde que de maneira reservada e sem fazer propaganda e publicidade. Desde 1999, por meio de resolução do conselho, qualquer psicólogo que apresente um tratamento a seu paciente sobre orientação ou reorientação sexual será punido.

Debate cura gay

O argumento do CFP tem o valor de uma nota de R$ 3,00. É que desde 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou do seu catálogo de doenças a homossexualidade. Não sendo doença, não pode ser tratada. É um embuste. O fato é que a opção sexual para um bom número de pessoas carrega traumas, os fatores são os mais diversos possíveis. E, por vezes, a figura do psicólogo se impõe para auxiliar o paciente. Então, o primeiro problema é uma questão de escolha.

Se, hipoteticamente, um filho não se sente bem em seu corpo, o psicólogo não pode ajudar a família. Se uma pessoa optou por ser gay (o movimento engajado diz que se nasce!) e deseja ajuda para voltar a ser heterossexual o psicólogo não pode ajudar. Uma mera opinião de um profissional pode ser punida. É a ditadura de classe! O paciente não pode escolher ser tratado? O que teme o CFP? Que muitos gays mudem sua opção sexual com a disposição profissional em ajudar? Ora, que as próprias pessoas, decidam o que fazer!

O segundo problema é que não se nasce gay. Obras científicas as mais diversas tratam do assunto. Há anos o movimento gay tenta emplacar essa história. Assim teriam o álibi perfeito para calar a discussão. Porém, quanto mais a ciência se aprofunda no quesito, mais descobre que são os fatores ambientais que influenciam na decisão. Não há fator biológico! Para aqueles que se interessarem em se aprofundar sugiro o interessante livro Nascido Gay? do Dr. John Thay, editora Central Gospel.

Ontem, o UOL[1], que todo os dias publica uma matéria chamativa em apoio à causa gay, socorreu-se do diretor do CFP, Pedro Paulo Bicalho, para analisar a decisão. Obviamente ele é contra, mas o argumento é incrível e absurdo. Segundo o profissional de psicologia há 20 anos e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), “um dos efeitos mais perversos da decisão judicial deve ser o aumento da violência contra homossexuais. O Brasil é hoje o país que mais mata gays, lésbicas e transexuais no mundo: no ano passado, o país registrou quase um assassinato por dia.”

Onde eu li sobre isso? Ora nos folhetins do movimento. Ou seja, claramente o conselho, através de um de seus diretores, se coloca como ventríloquo de um movimento engajado, mistificando números e notícias para justificar uma tese. Já mostramos aqui como esses números são falsos. Aliás, são os números brandidos por certo deputado que, tomado por especialista pela mídia e pelo CFP, prometeu ir à Justiça contra a decisão.

Ontem, 19/09, entrei no site[2] que é a fonte, pasmem!, do próprio Governo e do CFP. Eles documentam 276 mortes de gays e transsexuais. Analisando os casos encontramos um gay que foi assistir ao show de Lady Gaga no Rock in Rio e ao saber do cancelamento pulou da sacada do hotel onde estava e faleceu. Briga de travestis por ponto de prostituição rende morte por homofobia. Entendeu ou não? Dois travestis brigam pelo ponto, um mata o outro, homofobia!? Morte no tráfico? Homofobia. Briga de casal gay? Um gay assassina seu parceiro? Claro que é homofobia. Gay conhecido e reconhecido na sociedade, não aquele enrustido e levado a repressão pela família, cometeu suicídio? Homofobia! Tudo vira homofobia. Os números são aceitos sem contestação porque isso significaria estar contra o grupo! Mas como um conselho científico toma por verdadeiro um número dessa natureza sem qualquer análise?

Há outras questões interessantes que o CFP, enquanto conselho científico deveria levar em conta. O Brasil possui o recorde de 60.000 mortes violentas em 2015. Só em Pernambuco já são mais de 4.000 em 2017, 18 LGBTT segundo o movimento, ou seja, menos de 0,005%. Contrastemos os números do movimento com a própria violência ao redor e vamos chegar rapidamente à conclusão que a temos uma endemia, não há classe social, religião, opção sexual, cor, nada. Como distinguir os casos e tomá-los como o extermínio de um grupo? Só com embuste! Atenção: que todos os crimes sejam investigados e os responsáveis punidos. TODOS!

Mas. vamos ainda com o doutor, ele não se deu por achado:

“A possibilidade de entender a homossexualidade como algo que possa ser revertido coloca, de uma forma muito evidente, mais estigmas de exclusão e até de violência diante de um suposto ‘problema’ que deva ser exterminado. Esse é o grande efeito desse tipo de decisão, pois chancela algo que não tem qualquer comprovação científica e que já embasa, em muitos casos, a violência dentro de casa contra o LGBT”

Comprovação científica? Ora, vamos falar de ciência. Ela afirma que a concepção biológica gera uma vida. Por que o CFP apóia o aborto[3]? Ah! A tese é favorável aos grupos progressistas. Então, não temos ciência, mas opinião. E mais: um dos argumentos apresentados para o CFP apoiar o aborto é exatamente o direito que a mulher tem de decidir. Por que ao gay o CFP nega tal direito? Pior: se não nascemos gays, por que não podemos transitar entre a homossexualidade e a heterossexualidade?

Por que na ciência particularíssima desse pessoal não são levados em conta os riscos que muitos componentes do grupo assume? Levar estranhos para casa. Se relacionar com estranhos conhecidos na internet. Fazer programas em locais violentos das cidades. Envolver-se com o tráfico para garantir a noite acordado. Sexo sem preservativos. Por que o CFP não faz uma mesa redonda para debater os crescentes números da AIDS no público LGBTT? Se a preocupação é com as pessoas, eis uma excelente questão!

A conclusão a que chegamos é que só se preocupam com pautas! Mistificação do mais alto nível!

Cópia da decisão!

[1] https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/09/19/decisao-que-liberou-cura-gay-pode-aumentar-violencia-contra-populacao-lgbt-diz-conselho.htm

[2] https://homofobiamata.wordpress.com/

[3] http://site.cfp.org.br/posicionamento-do-conselho-federal-de-psicologia-sobre-o-aborto/

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