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Prós e contras e outras coisas

Pr José Wellington

Como previmos aqui o Pr. José Wellington foi reeleito. Com 1.596 votos de diferença venceu, pela terceira vez, o Pr. Samuel Câmara. O primeiro obteve 9.003 votos e o segundo 7.407. Os dez leitores do blog sabem que não torcia nem por uma nem outra alternativa. Gostaria de uma Terceira Via. Não, apenas, mas a quarta, a quinta, a sexta… Quanto mais candidaturas tivéssemos, mais poderíamos arejar o árido ambiente assembleiano. Afinal, nossa igreja é maior do que duas candidaturas apenas.

A eleição do Pr. José Wellington traz algumas vantagens e desvantagens. Não vou enumerá-las por gosto, algumas soam descabidas, mas…:

1) Ele não é falastrão como o Pr. Samuel Câmara. Para uma denominação cheia de contrastes é uma virtude não falar muito. Quem sabe se o Pr. Samuel gritasse menos… Nossa AD não convive bem com as críticas;

2) Ele não é inovador. As inovações são boas, mas trazem o custo da mudança. Numa denominação comprimida entre a missão e a mudança, e que não desempenha a contento nem uma coisa nem outra, visto que simplesmente não há plano de evangelismo nacional, é melhor correr atrás da missão. Os ventos das novidades podem esperar!?

3) Ele não interfere. A reeleição é uma excelente notícia para a balbúrdia das Convenções Estaduais. Poderão continuar os litígios e desavenças, que ele não irá intervir. Por outro lado, uma provável intervenção em algum dos feudos estaduais resultaria em mais Convenções Gerais. Já nos fragmentamos demais. Nepotismo, personalismo, desvios doutrinários, (des)governança corporativa, desunião são temas aos quais ele foge ou dá de ombros. Noventa e nove por cento de chance de continuar do mesmo jeito. As Assembleias de fundo de quintal podem ficar tranquilas também;

4) Ele não pode se candidatar novamente, não, ao menos com as regras de hoje. Mas, também, não estará preocupado em suscitar novas lideranças para sucedê-lo. O mais provável será a indicação de um dos filhos, como soy acontecer Brasil afora. Aliás, a CPAD também ficou em família…

Outras coisas

1) Cada ministro decidiu o destino de cerca de 731 pessoas, levando em conta o número mais pessimista de 12 milhões de membros. Somando os votos válidos temos 16.410 votantes. Basta dividir. Isso é muito ruim, porque não reflete a realidade média de nossas igrejas, de cerca de 300 pessoas. Precisávamos de 40 ou 50 mil homens. O problema é que as eleições não são descentralizadas, aí quem trabalha como eu e outros milhares não pode participar. Por desconfiança das Convenções Estaduais para centralizar as votações, por pura miopia ou diletantismo, não há a possibilidade de mudança a médio prazo.

2) Esperava-se 24.000 presentes, temos, então, um déficit de 7.590 votantes!?

3) Foi ventilado o valor de 12 milhões somente para um dos candidatos fazer sua campanha. Quem poderia, dadas as regras atuais, lançar-se ao mar? O certo seria estabelecer novas regras de campanha que evitasse a polarização e, quem sabe, um financiamento razoável. Mas quem vai se preocupar em criar cobras, não é?

4) Algumas convenções levaram poucos participantes, não obstante seu tamanho alardeado. Desinteresse? Certeza de que o jogo já estava ganho? Novamente, o problema da centralização das votações;

Espero que os postulantes não pensem tão cedo na próxima eleição. É hora de trabalhar e há muito o que fazer! Vamos aguardar o restante dos números. Por falar neles, uma negação os sites afeitos (http://41agocgadb.blogspot.com.br e www.cpadnews.com.br)

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