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Usos e costumes: o nó assembleiano…

Usos e costumes assembleianos

Ai, ai, ai, ai, aaai. Lá vem bronca, meus vinte leitores!

Meu amigo Tiago Bertulino[1], correspondente da CGADB nas congregações Brasil afora, reporta em seu blog a troca de comando da AD no RS. Diz ele:

Na noite de sexta-feira, 29 de maio, após 11 anos à frente da Assembleia de Deus na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o pastor Ubiratan Batista Job, presidente da Convenção das Assembleias de Deus no Rio Grande do Sul (CIEPADERGS) e 1º vice-presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil foi jubilado e passou a liderança da igreja na capital Gaucha.

Para seu lugar a convenção deu posse ao pastor João Oliveira de Souza que por 07 anos esteve na presidência da Igreja AD com Sede na cidade de Santa Maria (RS); O culto foi dirigido pelo pastor Osvaldo Gomes Ibaldo, 2º vice-presidente da CIEPADERGS.

Pra quem não conhece o Pr. Ubiratan Job é este da foto (pinçada do blog citado):

Pr Ubiratan Job e esposa Eliane Job

Seria mais uma troca de comando não fora por um detalhe. Vamos à foto do novo presidente e sua esposa (pinçada do blog citado também):

Pr João e Esposa

Oops! Não viu nada de mais para os “padrões assembleianos”? Então, amplie a foto e analise com cuidado. Vou ajudar… Fui ao Facebook da Igreja em Santa Maria/RS, onde o Pr João atuava, e capturei esta outra foto (maximizei de propósito):

Pr João e Esposa

Então, amados temos uma esposa de pastor que usa colar (mais conhecido como trancelim, que é um colar mais fino)? Atenção! Nada contra o nobre pastor, muito menos contra sua amada esposa. As fotos são públicas… Não estou querendo crucificar a nobre irmã, muito menos impor uma mudança de comportamento. A minha questão é contra a dissimulação assembleiana. Temos a total ausência de padrões em usos e costumes Norte a Sul, enquanto se impõe um modo de vestir, especialmente, às mulheres, que não condiz com o dia-a-dia de nossos membros.

Quem não lembra de Marina, candidata a presidente da República? Ela é evangelista da Convenção CEADDIF, Brasília/DF! Frequentemente, aparecia com um colar… Procurem suas fotos na web e vão encontrá-la quase sempre com o adereço, além do uso de calças compridas.

Marina Silva

Relembro aqui o caso que reportei dias atrás, das pastoras que vieram pregar no Congresso de EBD em São Paulo. A foto foi pinçada do perfil do Facebook do nobre comentarista da lição. Clique e amplie, para poder analisar os detalhes, retomaremos a seguir (Destaco que o assunto que estamos desenvolvendo não tem nada a ver com o Pr. José Gonçalves, ele apenas teve a coincidência de estar nesta foto de exemplo e ser o comentarista da lição do trimestre).

Essa Michelle Anthony que vêm acima parece com esta aqui, toda maquiada?

E a Marlene LeFever parece com esta aqui?

São as mesmas pessoas! Mas alguém deu a ideia de descaracterizá-las e elas aceitaram. Se alguém tiver uma explicação razoável… Ou por outra e para poupá-los, coloquem o nome delas no Google e pesquisem suas imagens.

Sabe o mais incrível? Me passou despercebido, à época do post, que Clancy Hayes estava no mesmo evento e ninguém teve a ideia de lhe mandar tirar o cavanhaque!

Clancy Hayes

Retomando…

Até mesmo convenções mais radicais, utilizadas como parâmetro pelo nobre presidente da CGADB em vídeo que circula na web, pena ao ver seus membros terem um padrão no interior e outro na capital. Certo pastor mantinha suas filhas nos EUA e lhes enviava calças compridas, enquanto recomendava às irmãs em sua igreja que usassem saias. Um disparate total! No Sul/Sudeste temos congregações assembleianas cujas mulheres usam calça e adereços que não são permitidos no Nordeste. Seria outra Assembleia de Deus? Qual delas é mais santa? Complicado. Mas a bronca mesmo é saber de ADs aqui no Nordeste mesmo cujas mulheres se trajam assim.

Mas vamos jogar mais lenha na fogueira… Pesquisem aí nas redes sociais como se vestem nossas amadas irmãs quando viajam ou participam de casamentos!? São longos com fendas, modelitos apertados e, por vezes, transparentes, decotes profundos, maquiagem pesada, produção cinematográfica e tudo o mais. Dia desses ouvi uma reclamação de uma irmã, cuja líder dizia: “Não pintem o cabelo”. E pintava! “Não cortem o cabelo muito curto”. E cortava! Olhem os Congressos de Mulheres, cujas senhoras mais idosas estão todas (ou a maioria) com o cabelo preto como as asas da graúna! Você pouco encontra irmãs mais idosas com cabelos brancos. Das duas uma: ou estão pintando ou Deus está dando o milagre do rejuvenescimento. Neste último caso é somente aos cabelos. Rsrsrs! E a pintura já se alastra aos homens. Então, meus vinte leitores, é outro boi que já atravessou a porteira!

Dias atrás a ISTOÉ publicou o seguinte infográfico:

Usos e costumes liberados

O que falta? Discussão apropriada do assunto, para que se chegue a um consenso (sei das resoluções não cumpridas da 40ª AGO). E coragem para implementar a decisão. Já passou da hora de resolver esta questão. Essa discussão é como aquela da TV, era pecado, quem fosse pego com uma era disciplinado, obreiros foram preteridos porque tinham TV (se preferia aqueles que diziam que não tinham e as usavam em seus quartos). Resultado: os membros foram se liberando e hoje o uso é generalizado! Inclusive as igrejas que vociferavam contra o aparelho fazem questão de ter um programa televisivo, como mostra a reportagem.

Dia desses uma irmã postou uma foto de sua roupa de academia e perguntou em seu Face: “Está inadequado ou não? Porque umas pessoas passaram por mim, dei a paz e não responderam! Outras me disseram: Não respondi porque não sabia se você ainda era crente!” Quantos pais não se vêem em debate quando uma filha precisa de usar calça comprida para ir à escola ou universidade?

Aos mais desavisados… não estou debatendo pessoas. Por mim, a irmã se veste e usa o colar que quiser. Eu sou assembleiano do tempo que não podia ver TV, praticar esporte, usar jóias… E ainda observo muitas destas coisas. Colateralmente, porém, temos que trabalhar com exemplos reais. É lá que a vida acontece e as coisas estão mudando rapidamente em nossas igrejas. Perdoem-me ser objetivo: temos ou não de debater a questão?

[1]Blog do Tiago Bertulino

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