Este humilde aprendiz já viu um pouco de filmes reais. Aqueles fatos que ocorrem na esquina, nas ruas, nos púlpitos. Tudo é história. Há os atores, protagonistas, coadjuvantes. Todos são importantes. Desde aqueles personagens mais inverossímeis, até os que se acham e depois perdem todo balanço ao longo da narrativa. Precisamos ter consciência de que somos parte da história, mesmo quando ainda não compreendemos nosso papel, nosso script. A diferença fundamental entre a gravação de uma ficção e o que acontece na vida real não são os personagens, nem os efeitos, nem o roteiro, é que a história não se repete.
Olho para Paulo e o vejo em diversas situações aproveitando as oportunidades. Seja quando se separou de Barnabé, e seguiu um caminho oposto com Silas, quando expulsou o demônio da mulher que o atormentava com elogios, quando confrontou Pedro a respeito da salvação dos gentios. Paulo manteve a porta da oportunidade aberta, para que não pudesse perder nenhum relance.
Um pai, vez ou outra, precisa dar um grito em casa. O vaqueiro na boiada. Todos, enfim, podem perder aquele momento definitivo, a menos que tomem a decisão correta. Como será nosso lugar na história? Não aquela história oficial, cheia de omissões, socorrendo as contingências, mas aquela correta e da qual todos sabem? Como você se referiria a si mesmo, confrontado com sua vida? Você aproveitou as oportunidades ou foi omisso? Você tomou as decisões possíveis e necessárias ou se acovardou?
Conheci gente que começou muito bem, altaneiro, vigoroso, apegado. O tempo se encarrega de talhar os fracos e eles foram ficando pelo caminho. Dúvidas existenciais, falta de compromisso, falta de reconhecimento. São tantos os motivos que desfiguram nossos quadros… Um ou outro aparece novamente na narrativa. A maioria fica na memória. Tenhamos cuidado. Devemos ir até o fim (Daniel 12:13). É lá que a história termina.