Muitas igrejas evocam contribuições para Missões, isso é justo. Porém, muitas vezes fazer Missões não é uma questão de dinheiro. Esta semana um dos amigos discutiam a conveniência de enviar missionários para países desenvolvidos, ao invés da África e outros onde a idolatria e o catolicismo imperam. Nos comentários outra jovem amiga argumentou: “Missões começam na rua de sua casa. Se alguém é incapaz de evangelizar os vizinhos, como irá ao campo?” É um questionamento razoável.
Já falamos aqui como pululam os manuais de Missões internet afora, complementados por livros os mais diversos. Porém, a apatia é generalizada para as missões locais e o evangelismo pessoal. É que ir ao campo missionário criou uma aura que não existe. Nestas horas sempre cito Paulo. Pregava com o mesmo entusiasmo para mulheres à beira de um rio (Atos 16:13), que entre os sábios do Areópago (Atos 17:23). Isto tem contaminado até o púlpito. Muitos só querem pregar se estiverem ao microfone.
Não, não é uma questão de ter muito ou pouco dinheiro. É uma questão de querer fazer alguma coisa. Aliás, às vezes ter dinheiro demais atrapalha, porque temos a falsa sensação que nossa estratégia terá sucesso e passamos a não depender mais de Deus, mas de nossos recursos. Paulo não tinha internet, fax, telefone, celular, telegrama, jornal, sequer um Correios como o conhecemos, mas levou a Palavra a vários países e pregou para pessoas as mais diversas. Muitas vezes sem dinheiro algum! Pergunte a Deus como fazer Missões hoje. Todas as Missões!