O reino, a escritura e a ressurreição

A opulência do reino de Babilônia não enganou o coração de Daniel. Ele sabia que tudo aquilo era passageiro e somente a Palavra de Deus permanece para sempre.

Entre Ereque e Assur havia um reino. Não um reino qualquer. Guardava três tesouros. Um, aparente, mesmerizava a atenção de todos. É uma das sete maravilhas do mundo. Um grupo de jardins suspensos rodeados por leões alados de lápis lazúli. Seu construtor, o grande Nabucodonozor, já havia morrido e passado o reino a seu neto-filho: Belsazar. Este herdara toda opulência palaciana e os reis da Terra lhe prestavam tributos. Um exército numeroso e bem treinado garantia a estabilidade governamental.

Jardins suspensos do reino de Babilônia

Jardins suspensos do reino de Babilônia

Havia um outro tesouro. Não muito evidente, porém, aparecia vez ou outra. Era um sábio, que viera de muito longe, algemado e exilado dos seus, a quem Deus dera sabedoria e visões sobre o fim. A escatologia estava diante dos seus olhos e os mistérios profundos do Altíssimo. Era respeitado, tido na mais alta conta dentro do reino. Ele tinha um problema: recusava sempre quaisquer presentes e títulos. Percebia que aquela glória era passageira.

E havia ainda um último tesouro. Este totalmente escondido. Sob permissão divina o avô de Belsazar havia invadido Jerusalém, destruído o templo e o palácio. Não sem antes pilhar todos os utensílios sagrados e depositá-los em Sinear.

Belsazar resolveu causar e deu uma festa. Não uma festinha, mas coisa para milhares de talheres. Mil de seus grandes, suas esposas e seus serviçais comeram e beberam. No meio da festa o rei decidiu trazer este último tesouro para que neles seus nobres pudessem beber até se embriagar. Mas, mal havia iniciado a festança, na parede uns dedos escreveram sua sentença: Mene, mene, tequel, ufarsim! Contou, contou, pesou e dividiu!

Naquele mesmo dia Belsazar deixou de ser rei, e o destino dos outros tesouros o tempo se encarregou de levar. A areia cobriu o esplendor de Babilônia, os tesouros do templo já não mais existem e Daniel faleceu. Mas ele ouviu algo incrível: “Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias (Daniel 12:13)”.

Sobre o autor | Website

Meu nome é Daladier Lima dos Santos, nasci em 27/04/1970. Sou pastor assembleiano da AD Seara/PE. Profissionalmente, trabalho com Tecnologia da Informação, desde 1991. Sou casado com Eúde e tenho duas filhas, Ellen e Nicolly.

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6 Comentários

  1. Roberto Rocha disse:

    Como temos que aprender com Daniel,principalmente na área em que se refere a títulos e presentes, as custas dos dons de Deus! Pq será que Daniel não recebeu os mesmos? Era somente falar,como falam os ungidos de hoje: A Deus toda glória!

  2. ailton disse:

    Muito bom, será que hoje há outros como Daniel? Me impressiono com a pergunta para ele:”És tu o mesmo Daniel?”

  3. Daladier Lima disse:

    Verdade, meu irmão. Sempre me impressiono com o caráter de Daniel!

  4. Um exemplo de fé e fidelidade do profeta Daniel para nós.

  5. Williane Costa disse:

    Daniel, um exemplo para nós. Não se enganou com meras coisas da vida. Sabia que o final era glorioso, a vida eterna com Jesus.

  6. Paulo Henrique da Silva disse:

    O caráter de Daniel é Ímpar, não se altera, nem por um momento, Josias teve um bom reino mas ensoberbece um no final, Uzias teve um bom reino, porém no final quis fazer o que não era de sua competência, também se ensoberbece um.