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Como a AD brasileira ajudou a ideologia de gênero?

Igrejas x Política

Igrejas x Política

Ontem repercutiu em meu Facebook uma postagem que fiz sobre o amor da política com a Igreja (o governador do Estado e o prefeito do Recife foram recebidos para uma oração numa AD e o fato foi noticiado pelos jornais locais). É um assunto que sempre eletriza os debates. Faz parte da democracia as opiniões antagônicas. Linkei um post que temos no blog sobre o assunto, etc. Uma das colocações que foi feita nos comentários é que quando homens de Deus, supostamente “homens de visão” fazem as escolhas políticas devemos fechar os olhos e votar. Será?

Retomo uma entrevista de um grande cardeal assembleiano que eu desossei aqui também. Por que o faço? Vocês sabem do embate entre a Igreja e os ideólogos de plantão: ideologia de gênero, esquerdismo, LGBTs, etc. Esse pessoal todo fincou estacas nos governos petistas, cujos expoentes NUNCA foram repreendidos, institucionalmente, pelos líderes assembleianos, de qualquer estatura, nem por este motivo nem pelo maior esquema de corrupção da História mundial. Isso! Falo da AD porque é a maior denominação evangélica brasileira, com seus supostos 30 a 40 milhões de adeptos (as estatísticas variam) e que poderia ser voz profética neste episódio.

Transcrevo duas perguntas da Folha de São Paulo, em 2013, na entrevista com o Pr. José Wellington, então presidente da CGADB:

Qual a sua opinião sobre a Dilma?

Eu vejo com muito bons olhos. Confesso a você que não votei na Dilma. Eu tinha certos resquícios do PT lá em São Paulo. Mas esta senhora tem superado [as expectativas]. Ela pegou uma caixa de marimbondo na mão, mas tem sido muito honesta com seu governo e com o povo. Hoje, na minha concepção, a candidatura dela é uma nomeação, não precisa nem ir para a eleição, ela é eleita tranquilamente.

Vocês apoiam ela em 2014?

Eu até teria muito motivo para dizer não, mas esqueço tudo isso aí a bem do povo, ela tem sido muito correta na administração do nosso país.

Pois é, que visão é essa? É a isso que podemos chamar de visão divina? Ninguém viu a corrupção? Corta para Pernambuco, segundo o MPF e a PF, além do noticiário abundante sobre o assunto, aqui foi um dos Estados em que houve os maiores desvios, as maiores falcatruas.

Não duvido que outros corruptos ladravazes tenham sido amplamente apoiados por todo o Brasil, como o foram aqui. O Rio de Janeiro que o diga. Mas, qual dos ministérios assembleianos percebeu a corrupção deslavada deste últimos anos? E se incluirmos nesta conta deputados estaduais, federais e senadores a coisa fica mais alarmante ainda.

Mas voltemos para a ideologia de gênero… Quer dizer que todos esses governos davam pleno apoio aos grupos LBGTs e outros da ideologia de gênero, ajudavam a eleger deputados afinados com essas ideologias e financiavam seus eventos e programações e nenhum “homem de visão” viu a ponto de romper o apoio? Não é possível! Ou então não era visão, era aproveitamento, cegueira ou qualquer outra coisa. Não há como concluir de outro modo!

Que se registre: Eles não apenas solapavam nossa economia e surrupiavam nosso bolso, como atacavam nossa fé. Com a benção dos cardeais assembleianos. E, o cúmulo!, eram e são apresentados em nossos cultos e eventos como amigos do Evangelho! Amigo meu não me rouba, não mete a mão no dinheiro dos meus impostos, não faz negociata, não trai meus princípios. Ou não é meu amigo!

Visão? Conta outra!

Leia também: Oito mentiras que se contam nas igrejas sobre política

Link da entrevista da Folha de São Paulo aqui

Link da minha análise da entrevista aqui

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